domingo, 21 de março de 2021

AS SETE DORES DA MÃE DE JESUS E A DORES DE MUITAS MARIAS


A semana Santa inicia com as sete dores de Nossa Senhora.

A primeira dor, quando Maria apresentou seu filho Jesus ao templo e o velho Simeão profetizou o sofrimento que ela iria passar. “Uma espada de dor vai transpassar seu coração”.

A Segunda dor, Maria fugiu para o Egito na tentativa de livrar o seu filho da perseguição de Herodes.

A terceira dor, a angústia de Maria ao perder o seu filho Jesus no templo. Ela não sabia que o seu Menino estava no templo ensinando aos doutores da lei.

A quarta dor, Maria sentiu a amargura de ver seu filho Jesus com a pesada cruz nas costas.

A quinta dor, Maria viu seu filho Jesus inocente agonizando numa cruz entre dois ladrões.

A sexta dor, Maria recebeu seu filho Jesus morto nos braços ao pé da cruz.

A sétima dor, Maria derramou lágrimas ao ver o seu único filho descendo numa sepultura.

Hoje muitas Marias sentem dores e derramam lágrimas pelos seus filhos...

A mãe que olha para o berço e vê o seu filho chorando com fome e falta o alimento em casa.

A mãe que sepulta seu filho por doença grave ou porque não teve assistência médica.

A mãe que sonha com um futuro brilhante para seu filho, mas o vê no mundo das drogas.

A mãe que vê seu filho pagando por um crime que não cometeu.

A mãe que vê seu filho sendo perseguido numa sociedade corrupta por ele ser honesto, esta é a maior dor!

A mãe que cria e educa seu filho sozinha por uma paternidade irresponsável.  

A mãe que ajoelha diante da cruz de Jesus pedindo a cura de um câncer na família.

A mãe que vê o seu filho sendo bombardeado por causa de uma guerra.

A mãe que vê o seu filho ainda criança sendo executado em tiroteio.

A mãe sem teto que se vê obrigada a criar o seu filho nas ruas.

A mãe que precisa mendigar para não ver seu filho morrer de fome.

A mãe que espera dos tribunais uma justiça que nunca virá porque a lei foi corrompida.

Enfim, a mãe que chega à velhice rezando para o seu filho e para os filhos de outras mães que sofrem com a miséria, a guerra, a perseguição de homens corruptos e com a falta de fé de muitas Marias que não se espelham na Mãe de Jesus.

Se nos colocarmos nas mãos de Jesus e no colo de nossa Mãe Santíssima as nossas dores ficarão mais leves.

Sintam nesta Semana Santa o amparo da Mãe de Jesus que sofreu todas as dores e teve a alegria da ressurreição.

Mães, sintam-se abraçadas por Jesus e por Maria! Fé, força e esperança na Cruz e a alegria da Ressurreição!

Antônia Coelho







sábado, 13 de março de 2021

CRISTÃ COM PÉS NO CHÃO


Não sou cristã de asas, quem tem asas é anjo!

Sou cristã com pés no chão, vejo o mundo terminando em miséria espiritual.

Vejo debaixo de meus olhos igrejas fora do caminho de Deus.

Padres, pastores e fiéis, todos seguindo uma teologia ensinada pelos homens.

Teologia que diz que todos se salvam porque o céu é para todos.

Que adoram um “deus” contrário àquele que Maria Santíssima trouxe ao mundo.

Que vende terreno no céu, que pisa no sangue de inocentes sem temor.

Que é conivente com riqueza fácil, riqueza que vem do crime e de vidas ceifadas.

Sou cristã com pés no chão... Passar continhas nos dedos e pedir misericórdia?

Não adianta passar continhas do terço se você não se converter.

Se não deixar de ser conivente com um mundo criminoso, se não lutar pela Justiça.

Se não descer do salto, aproximar dos humildes e seguir os puros de coração.

Sou cristã com pés no chão... Vejo o mundo perdido, sem a misericórdia de Deus.

As pessoas deixaram o caminho de Deus para aventurar em caminhos do pecado.

O joio aumentou tanto que não dá para separá-lo do trigo.

Deus olha para o seu sangue derramado na cruz e chora.

As igrejas se transformaram em palanques políticos, empresas e clubinhos de amigos.

Nas igrejas Deus é esquecido e vendido, é acolhido quem coloca maior dízimo.

A Eucaristia que é Corpo e Sangue de Jesus foi banalizada...

Uma rede católica de televisão chegou de ensinar a fazer docinho de hóstia.

Danças, crenças, festas, lendas e músicas populares substituíram a liturgia nas paróquias.

E numa paróquia de Belo Horizonte, Deus foi substituído até por um “avatar”.

Se o homem tomou o lugar de Deus, então o mundo não precisa mais de Deus.

Deus não olha mais para este mundo ingrato, a misericórdia é para poucos.

Muitos serão julgados e jogados no inferno, poucos terão a misericórdia.

Não basta vestir uma capa da caridade e mostrar uma carteirinha de cristão.

Deus vê tudo, sabe tudo, a Deus ninguém engana.

Sou cristã com pés no chão... Podem me odiar, podem zombar de mim, nada me atinge.

Tenho um Deus e uma Mãe que me ama porque não sou conivente com erros deste mundo.

A minha maior alegria é saber que Deus abrirá no céu as portas que o mundo fechou para mim.

E não esqueçam de que a pandemia é só o começo do fim dos tempos, coisas piores virão!


Autora: Antônia Coelho