sábado, 26 de março de 2022

REPORTAGEM ESPECIAL NA TV GLOBO MINAS NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER


Reportagem especial na TV Globo Minas no Dia Internacional da Mulher exibindo o trabalho das Defensoras Populares em Minas Gerais no link abaixo:

https://globoplay.globo.com/v/10369438/?utm_source=whatsapp&utm_medium=share-bar

Vou falar um pouco como iniciou o trabalho voluntário das Defensoras Populares de Minas Gerais.

As Defensoras Populares de Minas Gerais foram pensadas pela Defensoria Pública de Minas Gerais para ser a voz e a presença da Defensoria Pública onde a DPMG muitas vezes não consegue chegar.

Fomos pensadas como sendo os olhos da Defensoria, principalmente para a atuação no combate à violência doméstica e familiar contra a mulher. A Defensoria pensou em mulheres que pudessem dialogar e orientar outras mulheres vítimas de violência de igual pra igual e nos capacitou para isso, dar uma orientação imediata, e sempre procurar a sede da Defensoria porque lá é o órgão de defesa e garantia dos direitos de todos os cidadãos.

Eu fui professora pública alfabetizadora (ensino básico) na rede estadual por 27 anos, hoje aposentada. Ser professora é uma vocação para orientar, ajudar e construir. Depois de aposentada eu pensei como eu poderia continuar ajudando a construir uma sociedade melhor, mais justa. Claro que sozinha eu nada posso, mas é cada um fazendo a sua parte e eu encontrei uma forma de ressignificar a minha missão como defensora popular ajudando pessoas, principalmente mulheres, a conhecerem e terem acesso aos seus direitos.

SORORIDADE é um termo que está em alta e diz muito sobre nós: nós mulheres devemos nos ouvir mutuamente e com respeito, ajudar umas as outras a conquistar o nosso lugar que antes de tudo é de respeito.

A atuação da Defensora Popular é na sociedade, nas comunidades, claro com todo esse viés da luta contra a violência doméstica e familiar contra a mulher, mas não se restringe a isso.

Minha atuação, por exemplo, é mais voltada para a garantia de acesso a saúde da mulher idosa que muitas vezes não sabe que o direito à saúde é constitucional e um dever do Estado. Eu entro com a questão da orientação, instruir como chegar até a Defensoria quando se trata de algo na esfera judicial ou quando é algo que pode ser resolvido na esfera administrativa nem precisa levar o caso para a Defensoria que já trabalha com grandes demandas, nós fomos preparadas para isso, todas as outras defensoras populares e eu, para darmos essa orientação.

A pandemia dificultou, mas não impossibilitou nosso trabalho e atuação. A mulher é muito ágil quando se trata de reinventar e nós também nos reinventamos. Eu recebi muitas demandas por redes sociais, há pessoas que eu consegui ajudar que ainda não conheço pessoalmente.

Para concluir: sou muito grata à Defensoria Pública por ter me capacitado a ajudar. Ser defensora pública é ajudar e mesmo que tenhamos nossas particularidades, nossas lutas, o principal é isso: não soltar a mão umas das outras.

Nesse dia internacional da mulher, mais do que homenagens, as mulheres merecem respeito! Que sejamos respeitadas e admiradas por sermos quem somos.


Antônia Coelho


https://globoplay.globo.com/v/10369438/?utm_source=whatsapp&utm_medium=share-bar