terça-feira, 9 de julho de 2013

HOMILIAS DO PAPA FRANCISCO SOBRE O COMPORTAMENTO DOS CATÓLICOS NA IGREJA.

Papa Francisco: “Igreja precisa de zelo apostólico, não de cristãos de salão”

Missa na Casa Santa Marta

QUINTA-FEIRA, 16 DE MAIO DE 2013, 9H46


Segundo o Pontífice, o zelo apostólico provém do encontro pessoal com Jesus
Da redação, com Rádio Vaticano
“A Igreja precisa do fervor apostólico que nos sustenta no anúncio de Jesus”, destacou o Papa Francisco durante sua homilia da Missa na capela da Casa Santa Marta, na manhã desta quinta-feira, 16. O Pontífice também alertou para os “cristãos de salão”, aqueles que não têm coragem de “agitar as coisas já acomodadas”. A missa foi concelebrada pelo Cardeal Peter Turkson e Dom Mario Toso, Presidente e Secretário do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz.
Papa Francisco centralizou sua homilia na figura de São Paulo, aquele que passou a vida “de perseguição em perseguição”, sem nunca se desanimar: “Ele olhava ao Senhor e ia adiante”, disse.
“Paulo incomodava: com sua pregação, com seu trabalho e com o seu comportamento, porque anunciava Jesus. Mas o Senhor quer que nós sigamos adiante, que não nos refugiemos numa vida tranquila, em estruturas senis. Paulo continuava a anunciar, porque tinha em si a atitude cristã de zelo apostólico, sem ser um homem de compromisso”, explicou.
Prosseguindo, Francisco fez uma consideração: “Zelo apostólico não é entusiasmo pelo poder, pelo ‘possuir’. É algo que vem de dentro, que o próprio Senhor quer de nós. O zelo apostólico provém do conhecimento de Jesus Cristo, do nosso encontro pessoal com ele”.
O zelo apostólico, disse ainda, “tem algo de louco, mas uma loucura espiritual, salutar”. E Paulo tinha esta “loucura”.
Entretanto, disse o Papa, na Igreja existem muitos cristãos “mornos”, que não querem se empenhar:
“Existem também os cristãos de salão, né?; aqueles "educados" que se alegram com sua cadeira na Sacristia, que não são filhos da Igreja com o anúncio e o fervor. Hoje, peçamos ao Espírito Santo que nos dê este fervor apostólico e a graça de incomodar as coisas que são tranquilas demais na Igreja; a graça de irmos às periferias existenciais não só nas terras distantes, mas aqui nas cidades e principalmente na Igreja, onde é necessário o anúncio de Jesus Cristo. E se perturbarmos, bendito seja o Senhor. Como disse o Senhor a Paulo: ‘coragem!’”.




  • FRANCISCOSeguir Jesus não é fazer carreira, disse o Papa Francisco

    Missa na Casa Santa Marta

    TERÇA-FEIRA, 28 DE MAIO DE 2013, 8H49

    Segundo o Papa, o seguimento de Cristo não deve ser motivado por interesses pessoais ou materiais
    Da redação, com Rádio Vaticano
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    Seguir Jesus não é fazer carreira, disse o Papa Francisco durante Missa nesta terça-feira, 28. (FOTO: L’Osservatore Romano)
    Nesta terça-feira, 28, em sua Missa diária celebrada na capela da Casa Santa Marta, o Papa Francisco afirmou que o seguimento e o anúncio de Jesus não significam fazer carreira. Segundo ele, seguir Jesus não confere maior poder, porque o Seu caminho é o da Cruz.
    “O caminho do Senhor é o do rebaixamento, e esta é a razão pela qual sempre há dificuldades e perseguições”, comentou. Francisco advertiu que “quando um cristão não encontra dificuldades na vida – achando que tudo está indo bem, que tudo é lindo – significa que alguma coisa está errada”.
    O Papa desenvolveu sua homilia partindo do comentário que Pedro faz a Jesus: “Eis que nós deixamos tudo e te seguimos”. Jesus responde que aqueles que O seguirem terão “muitas coisas boas”, mas sofrerão “perseguições”. Para Francisco, o seguimento de Jesus não deve ser motivado por interesses pessoais ou materiais.
    “Quem acompanha Jesus como um ‘projeto cultural’, usa esta estrada para subir na vida, para ter mais poder. E a história da Igreja tem muito disso, começando por certos imperadores, governantes… e também alguns – não muitos, mas alguns – padres e bispos, não é? Alguns deles pensam que seguir Jesus é fazer carreira”.
    O Papa lembrou que, tempos atrás, se dizia: “aquele menino quer fazer a carreira eclesiástica”; e, segundo ele, ainda hoje, muitos cristãos pensam que seguir Jesus é bom, porque se pode fazer carreira. “O cristão, porém, segue Jesus por amor”, afirmou o Pontífice.
    Francisco explica que outra tendência do espírito ‘mundano’ é a de não tolerar o testemunho:
    “Pensem em Madre Teresa: dizem que era uma bela mulher, que fez muito pelos outros, mas o espírito ‘mundano’ nunca disse que a Beata Teresa, todos os dias, por horas, fazia adoração… Costuma-se reduzir a atividade cristã ao bem social, como se a existência cristã fosse um verniz, uma pátina de Cristianismo. O anúncio não é uma pátina: vai aos ossos, ao coração, dentro de nós e nos transforma. Isso o espírito ‘mundano’ não tolera e aí acontecem as perseguições”.
    Terminando, o Papa pediu à Igreja a graça de seguir Jesus no caminho que Ele ensinou, mesmo que o espírito ‘mundano’ a faça sofrer. “O Senhor nunca nos deixa sozinhos”, disse.


    http://papa.cancaonova.com/seguir-jesus-nao-e-fazer-carreira-disse-o-papa-francisco/



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